Fisioterapia Neurofuncional em TEA

O que é fisioterapia neurofuncional?

A fisioterapia neurofuncional é uma área da fisioterapia voltada para a avaliação e intervenção de indivíduos com comprometimentos neurológicos, buscando melhorar o controle motor, o equilíbrio, a coordenação e a funcionalidade nas atividades da vida diária.

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No contexto do Transtorno do Espectro Autista (TEA), essa abordagem tem ganhado cada vez mais destaque por seu impacto positivo em aspectos motores, sensoriais e comportamentais da criança.

Qual o papel da fisioterapia no TEA?

Embora o TEA seja um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado principalmente por alterações na comunicação, interação social e comportamento, muitas crianças com autismo também apresentam:

• Atrasos no desenvolvimento motor global

• Alterações no tônus muscular (hipotonia ou hipertonia)

• Déficits na coordenação motora fina e grossa

• Dificuldades de equilíbrio e marcha

• Alterações no processamento sensorial

A fisioterapia neurofuncional atua para promover o desenvolvimento motor adequado, auxiliar na regulação sensorial e melhorar a participação funcional da criança nas atividades do cotidiano.

Práticas da fisioterapia neurofuncional no autismo

As práticas são adaptadas às necessidades individuais da criança e podem incluir:

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As práticas são adaptadas às necessidades individuais da criança e podem incluir:

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1. Treinamento de habilidades motoras grossas

Inclui exercícios e brincadeiras que trabalham marcha, corrida, saltos, subida e descida de escadas e deslocamentos diversos, respeitando o nível de desenvolvimento e as preferências sensoriais da criança.

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2. Integração sensorial

Muitas crianças com TEA apresentam hipersensibilidade ou hipossensibilidade sensorial. A fisioterapia utiliza recursos como texturas, vibração, estímulos vestibulares e proprioceptivos para auxiliar na regulação do sistema nervoso.

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3. Fortalecimento muscular e organização postural

Crianças com hipotonia ou alterações posturais se beneficiam de exercícios específicos que favorecem o controle postural, estabilidade do tronco e alinhamento biomecânico.

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4. Intervenções com equipamentos adaptados

O uso de plataformas vibratórias, esteira com descarga de peso, bola suíça, gaiola de rotação (suspensão) e outros dispositivos favorece o desenvolvimento motor e a resposta sensorial adequada.

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5. Treino funcional nas AVDs (Atividades da Vida Diária)

A fisioterapia neurofuncional trabalha a autonomia da criança em tarefas como vestir-se, subir e descer de cadeiras, andar com independência e participar de brincadeiras com outras crianças.

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6. Abordagens lúdicas e centradas na criança

O terapeuta usa estratégias motivacionais e brincadeiras direcionadas para manter a atenção, estimular o engajamento e promover o desenvolvimento de forma natural e prazerosa.

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Quais os benefícios da fisioterapia neurofuncional no TEA?

Os principais ganhos observados incluem:

• Melhora do equilíbrio e da coordenação

• Avanços na marcha e na mobilidade funcional

• Redução de comportamentos motores repetitivos

• Regulação sensorial

• Aumento da independência

• Maior participação social e escolar

• Redução de quedas e acidentes

Como é feita a avaliação fisioterapêutica no autismo?

A avaliação é individualizada e pode envolver testes motores padronizados, observação funcional, entrevistas com os pais e aplicação de escalas de desenvolvimento motor e funcionalidade. O plano terapêutico é traçado com base nas prioridades da família e nas necessidades motoras da criança.

A importância da equipe multidisciplinar

• A atuação da fisioterapia neurofuncional é mais efetiva quando integrada com outras áreas, como:

• Fonoaudiologia

• Terapia Ocupacional

• Psicologia

• Pedagogia

• Neuropediatria

• O trabalho conjunto promove uma visão global da criança com TEA e favorece uma intervenção mais completa e eficaz.

Conclusão